27.11.06
Mário Cesariny. Porque foste falecer meu sacana?
Não gosto de Cesariny, mas dá muito jeito para se falar com miudas.O nome soa bem, estamos numa conversa e se por acaso o tema se debruçar sobre autores e livros, fica sempre bem dizer "Ah, gostas de Isabel Allende e Nicholas Sparks? pois, também gosto bastante, gosto do ênfase que atribuem ao amor e carinho, conseguem expressar muito bem estes sentimentos. Mas também gosto de Cesariny."Pronto, não fazem a miníma ideia de quem seja, mas tem um nome que soa a culto, dá um ar intelectual. Com a referência ao sentmentalismo exprosso nos autores intragáveis que elas gostam, funciona muito bem.Agora que ele faleceu e que o gajedo ja vai descobrir quem é, como é que eu as vou enganar? tou fecundado, bolas.

Existem autores que convem evitar numa conversa. Ramalho Ortigão e Antero de Quental, devem-se evitar. São nomes muito agrestes e rudes e o que se pretende amolecer a presa. Por isso não convém estes nomes fonéticamente agrestes. A não ser claro, que a miuda demonstre interesse na Questão Coimbrã.

Mas existem nome que por mais agradáveis que sejam de se pronunciar, tem que se evitar a todo o custo. Pelo menos nas primeiras abordagens. Tenho um exemplo que já me votou ao insucesso com bastante gajedo. Por isso é um nome ímpio para mim, um verdadeiro sacrlégio á minha boa fé.- Gostas de Anaïs Nin?E pronto, desaparecem e nem falam mais. Enfim, já não se pode ter uma conversa literária decente que desaparecem logo. As vezes só me apetece chamar-lhes de vacas
Nobody's fault but mine died @ 11/27/2006 12:28:00 da tarde
5 Stairway to Heaven:
  • At 27 novembro, 2006 15:16, Anonymous Anónimo died to…

    ANAIS? hum...

    C4TO

     
  • At 04 dezembro, 2006 15:49, Blogger Menina Veneno died to…

    Caro gajo que assume - à relevia do que é habitual nos gajos em geral - todas as culpas:

    tu até tens umas piadas giras, tens, tens!!

    Devo dizer-te que não andas a falar de literatura às meninas certas...por exemplo:
    Se me perguntasses se eu gostava de anais nin, eu diria muito rapidamente que sim, que gostava e não era pouco e que se encontrasses por ai uma june podias até ser o meu Hary Miller... (tinhas era que ser mais alto e julgo que precisarias de uma régua com mais de 15 cm)

     
  • At 05 dezembro, 2006 01:59, Blogger Nobody's fault but mine died to…

    "O portuguez não é viajante. Limita-se a viajar até Cintra de sege, até Belem no omnibus, até Cacilhas no vapor! mas se acaso viajou logo o conhecereis, e logo vol-o dirá: tem certo ar de quem tem a consciencia de haver feito sensação nas terras por onde passou, e não poupa occasião de exclamar no tom proprio de um homem que viu coisas grandes - "quando eu estava em Paris...""

    Século e meio depois de Júlio César Machado ter caricaturado o português. Constato que tão douta pessoa descreveu exemplarmente o povo português do seu tempo, apenas com alguns reparos para se tornar numa descrição intemploral.


    Tivesse o Júliozinho colocado "as portuguesas" e ainda hoje teria-mos uma verdadeira bíblia descritiva acerca daquele ser de metro e meio a que chamam de "mulher portuguesa".

    As mulheres portuguesas não conhecem, ouvem dizer. E é á custa deste "disseram que", que vão constituindo a sua aura de femmes fatales.


    Decifrar estas mulheres tão fácil como comer um prato de puré, não exige nenhum sacrifício, está-lhes na cara.

    Consegirão estas mulheres demonstrar todas as suas proeminentes habilidades lúdicas em 30 segundos? Não, claro que não. Simplesmente não tem capacidade para isso. É de um homem ficar de boca aberta

    para uma mulher, um verdadeiro artista tem que usar caderno A3, vários tipos diferentes de lápis e uma régua de 20 cm. Que interessa a obra? nada.


    Poderá um mestre de artes usar um pequeno caderno A5, um lápis partido e uma régua de 10 cm? Talvez sim, talvez não. Nunca o saberão porque simplesmente estão à espera que sejam outras a formar uma opinião por elas.

    Quando tem hipótese de avaliar a qualidade ou falta dela de qualquer artista de caderno A5 e réguazinha de 5 cm.... estas femmes fatales amedrontam-se e refugiam-se em qualquer Colombo.
    Isto é tão claro, tão clarinho e transparente, como a água fria.

     
  • At 05 dezembro, 2006 14:34, Blogger Menina Veneno died to…

    Existem pessoas que se andam a perder... Tu és o típico perdido de nascença, muito para brilhar, nem um dedo vocacionado para o esforço.

    Devo dizer que algumas mulheres conhecem e bem aquilo de que falam, quase sempre falo por experiencia propria, com excepção das réguas acima de 20 cm, pois com essas não tenho lá muita vontade de desenhar nada.

    Certo é que será possível desenhar uma casa (no caso de um arquitecto) com uma régua de 5 cm, porém tal demorará muito mais tempo, implicará um desgaste maior e decididamente não ficará tão perfeito, no que concerne às linhas.

    Afinal o tamanho das coisas importa, sejam elas réguas ou não, e eu adoro o fernandinho, pelo que sou do tamanho do que vejo.

    Da minha aldeia vejo quanto da terra se pode ver no Universo ...

    Por isso a minha aldeia é taô grande como outra terra qualquer

    Porque eu sou do tamanho do que vejo

    E não do tamanho da minha altura ...

    A. Caeiro (F. Pessoa, 8-III-1914)

     
  • At 13 dezembro, 2006 05:08, Blogger Nobody's fault but mine died to…

    Queixas-te que demora muito.
    Disse-me uma ex-futura Nin (ou não) que apesar de gostar de trabalhar e do trabalho, este não a cansava o suficiente e esperava encontrar algum trabalho mais demorado e desgastante para econtrar essa sensação de exaustão. Procurava esse desconhecido.
    Por isso continuo a dizer que não é o material que faz o artista. Criatividade, empenho, dedicação e loucura sempre foram as características dos grandes génios artisticos. Esses é que deixam marcas. Arquitectos competentes existem aos pontapés.
    .
    MAs talvez estas conclusões sejam demasiado para ti, mas como es mulher até te dou um desconto.
    Afinal, vocês são peritas em falar, falar, falar. MAs na hora da verdade o medo ausenta-vos.
    Talvez por isso é que algumas gostavam mesmo era de ser gajo.
    .
    Talvez concorde contigo, devo mesmo ser um caso perdido à nascença. Mas aqui o "Hary Miller" não se importa muito com isso. Antes perdido à nascença que querer perder-se depois de nado e criado, fugindo dos "eventuais" "Hary Miller's" ou "Nin's".
    .
    Como gostas de escritores portugueses do século passado. Deixo-te aqui uma prendazinha e aquele abraço esmagador ;) lembrando-te ainda que que o "Hary Miller" conseguiu em 30 segundos fazer uma mulher pagar-lhe o jantar. MAs uma mulher nunca lhe conseguiu fazer o mesmo

    "O amor acrescenta-nos com o que amarmos. O ódio diminui-nos. Se amares o universo, serás do tamanho dele. Mas quanto mais odiares, mais ficas apenas do teu. Porque odeias tanto? Compra uma tabuada. E aprende a fazer contas"

    Vergílio Ferreira

     
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